25 - Ritmo
recíproco: falso e verdadeiro, Arq Bras Cardiol, 1950:3:275-94
Inéditos aspectos
na literatura nacional
Resumo:
O autor apresenta 1
caso de falso ritmo recíproco e 3 casos de ritmos recíprocos verdadeiros,
observados em casos de ritmo nodal permanente e ritmo do seio coronário. Neles
são observados fenômenos recíprocos isolados e em ritmo continuo e alternante.
Em algumas ocasiões
foram registrados fenômenos recíprocos originários de extrassístoles
ventriculares.
O caso 4 mostra
taquicardia paroxística auricular inibida pelo reflexo oculocardíaco,
recomeçando sempre precedida por elevação gradual do ritmo sinusal e após um
fenômeno recíproco tendo origem numa extrassístole ventricular. Cita este
último achado como o primeiro da literatura e os demais como os primeiros da
literatura nacional.
O autor apresenta o
caso 5 como o primeiro da literatura a mostrar o ritmo recíproco originário do
ritmo coronário; o que constitui uma contribuição para o estudo do próprio
ritmo coronário e do ritmo recíproco em particular e vem sugerir a necessidade
de condições eletrocardiográficas especiais e o intrincado mecanismo para a sua
realização.
O autor aceita a
teoria clássica para a explicação do fenômeno recíproco, completada pela
concepção recente de Sherf, da dissociação longitudinal do feixe de His com as
vias de subida e de descida. Não leva em consideração a concepção de Doumer da
ativação nodal auriculoventricular por contração auricular, concluindo por
considerar um fenômeno puramente elétrico a realização do fenômeno recíproco.
Acha o autor que o
fenômeno exige condições especialíssimas, envolvendo o sistema His-Tawara, da
condutibilidade e excitabilidade miocardica.