27 - Efeito
da atropina sobre o bloqueio AV parcial, Hospital N. S. Aparecida,
1951;4:491-507
Inéditos aspectos
na literatura nacional
Resumo:
O autor apresenta
uma série de 5 casos de etiologias diversas, cujo comprometimento miocardico
foi reconhecido quer clínica ou eletrocardiograficamente e nos quais foram
observados diversos graus de bloqueio AV parcial com falhas ventriculares, de
aparecimento espontâneo.
Em 4 casos foi
investigada a influência da variação postural, sendo que 3 deles mostraram
nítida melhoria da condução AV quando os pacientes assumiam a posição ereta. O
único caso que não sofreu variações de seu controle tomado em decúbito, também
não se modificou sob a ação da atropina.
Dos 5 casos
submetidos à prova da atropina (1 mg. na veia em injeção rápida)., em apenas 1
caso, a condução AV não se mostrou influenciada; notando-se no entanto a
normalização auriculoventricular nos demais casos estudados.
O autor tem a
impressão de que a atropina assim praticada e a conseqüente normalização da
condução AV, tem o significado prático de evidenciar o componente vagal na
produção do bloqueio, ocorrendo este sempre na dependência de comprometimento
orgânico ocasional ou definitivo do miocárdio e setor que abrange o sistema
nodal AV.
O autor sugere a
prova da atropina ainda como elemento de valor prognóstico importante, pois
naqueles casos (obs. 3) em que a prova é negativa, a interpretação clínica deve
ser de comprometimento miocardico bem caracterizado, sem o componente vagal
para a produção do bloqueio, o que implica em prognóstico mais sério que em
outros, onde a prova da atropina normaliza transitoriamente a condução AV por
neutralização da ação vagal.
Segundo o autor a
influência das variações posturais sobre a condução AV é um elemento adicional
para se prejulgar os resultados possíveis da prova da atropina.