36 – O trinitrato de trieatonolamina no tratamento da
angina pectoris, Arq Bras Cardiol, 1956;9:49-60
Contribuição inédita à literatura nacional.
Resumo e conclusões:
O autor apresenta a sua experiência clínica com o difosfato do trinitrato de trietanolamina em uma série de 16 casos de pacientes anginosos, referindo brevemente os estudos farmacológicos já ensaiados, bem como a experimentação clínica da literatura.
Em seu estudo o autor faz uma divisão dos casos em três grupos para melhor apreciação dos resultados. O grupo 1 é representado por todos os casos no seu primeiro contato com o medicamento, dos quais 12 mostraram resultados favoráveis (75%), registrando grande benefício em 8 casos, regular beneficio em 2 e ligeiro beneficio em 2 outros casos. No grupo 2 são estudados 7 casos, cujos resultados foram favoráveis no grupo 1, e os quais, submetidos também ao “placebo” (Lactose), confirmaram os resultados precedentes em 4 casos (57%).
No grupo 3 são incluídos todos aqueles casos que foram antes ou posteriormente (2 casos) submetidos a tratamento pelas mais diversas formas, num total de 11 casos; 7 casos foram influenciados pelo emprego do trinitrato de trietanolamina (63%).
A posologia por via oral inicialmente empregada foi de 12 mg por 24 horas, 2 mg cada 4 horas, dia e noite, até surgir o efeito desejado e, daí em diante, cada 6 horas; a duração de administração foi de 16 a 316 dias, sem qualquer efeito secundário.
O autor apresenta as seguintes conclusões: 1) O trinitrato de trietalonamina, em uso contínuo, dia e noite, mostrou-se atóxico e sem qualquer efeito secundário. 2) A eficácia do medicamento ficou bem evidenciada na maioria dos casos estudados. 3) Não foi observada qualquer influência sobre a pressão arterial. 4) O medicamento enriquecerá o arsenal terapêutico como um valioso vasodilatador coronário.