47 - Síndrome pleuropericardio pulmonar pós enfarte miocárdico, Medicina Cirurgia e Farmácia, 1961;294:179-192

Contribuição inédita à literatura nacional.

Trabalho apresentado ao Congresso Interamericano de Cardiologia no Rio de Janeiro como homenagem a Dressler e que surpreendentemente representou o único trabalho inscrito sobre esse tema.

Resumo:

O autor publicou o primeiro caso da síndrome pós-enfarte miocardico de Dressler em 1959. Volta ao assunto com uma série de 4 novos casos para acentuar a sua impressão atual de que a síndrome é mais comum do que se pensa e alertar para que se faça um diagnóstico precoce, a fim de evitar os casos de óbito devidos a erros diagnósticos como os referidos na literatura e como o do caso 3 da observação do autor, que tivera anteriormente os seguintes diagnósticos: a) enfartes miocardico e pulmonar; infecção por agente indeterminado e resistente aos antibióticos utilizados; c) derrame pleural hemorrágico.

Os 4 casos da presente série estão assim distribuídos: um caso de pericardite seca extensa e recidivante, um caso de pleurite seca extensa, um caso de pneumonite hemorrágica e pleurite com derrame hemorrágico e um caso de pneumonite hemorrágica e pleurite com ligeiro derrame interlobar.

Em todos os casos, o autor registrou o sucesso terapêutico da associação de prednisona e prednosolona na dose de 20 mg. diários, por via oral; em um dos casos (caso 3), ficou constatada a falência absoluta da medicação antibiótica.

Em sua experiência, a síndrome de Dressler se inicia dentro dos 10 primeiros dias e as recidivas, freqüentes, não vão além do período necessário à cura clínica e readaptação circulatória coronária (60 dias), fato esse condizente com o mecanismo de produção da síndrome, preconizado por Dressler e até o momento aceito pelos que têm se ocupado do assunto.

 

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