54 – Aspectos clínicos e patogênicos da síndrome pós-enfarte miocárdico descrita por Dressler, O Hospital, 1966; 69:9-32

Contribuição inédita à literatura nacional.

Resumo:

O autor apresenta a sua casuística atual de 21 casos da Síndrome de Dressler, considerando-a também como uma autoimune-reação e como manifestação de um processo imunopatológico com sede no pericárdio, na pleura ou nos pulmões.

Admite que geralmente se trata de uma manifestação benigna quando precocemente identificada e tratada pelo corticosteróide; contudo, os casos não identificados podem desenvolver quadros clínicos graves de insuficiência cardíaca congestiva e complicações pleuro-pericárdio-pulmonares resistentes à terapêutica cardiotônica e auxiliar usual.

Refere duas observações com êxito letal e atribui o insucesso ao não reconhecimento diagnóstico precoce e conseqüente terapêutica inadequada; nestes casos, a medicação corretamente instituída surtiu apenas um resultado parcial que permitiu a confirmação diagnóstica tardia da síndrome pós-enfarte, registrando-se porém a incapacidade da fibra miocárdica em responder ao tonicardíaco, parecendo haver a perda de sua potencialidade contrátil.

O autor tem empregado com sucesso constante a associação de Prednisona (2,5 mg.) + Prednisolona (2,5 mg.) na dosagem inicial de 20 mg. por dia e por via oral; estando convencido de que essa dosagem é verdadeiramente útil; contudo, foi obrigado a empregar 40 mg. em um só caso, como preconizado pôr Dressler, para obter os resultados não atingidos com a sua dosagem habitual.

Registra a sede das manifestações pleurais e pulmonares pós-enfarte com nítida predominância no pulmão direito.

 

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