60 – Emprego do cardiotônico no tratamento da angina pectoris e síndrome de enfarte miocárdico iminente, Mesquita,QHde, Reis, JP, Kerbrie, SV, Mari, SM, Baptista, CAS et al., RBCTA, 1973;2:1-16
Contribuição inédita à literatura mundial.
Resumo:
A casuística dos autores compreende 73 casos de angina pectoris (AP) e 25 casos de síndrome de enfarte iminente (SEMI).
Os casos de SEMI têm sido tratados com a estrofantina K, por via endovenosa. A cessação das crises espontâneas se dá nas primeiras 24 horas em 74% dos casos, a regressão das alterações eletrocardiográficas e reações enzimáticas ocorre em curto espaço de tempo. Os autores acham que a SEMI corresponde a uma insuficiência miocárdica regional declarada e que só o cardiotônico é capaz de impedir a evolução para a necrose miocárdica. Na angina pectoris a insuficiência miocárdica regional é temporária.
A administração do cardiotônico é imprescindível e o seu efeito preponderante. A inexistência de recente lesão obstrutiva total nas artérias coronárias visualizadas pela cinecoronariografia, realizada em data posterior a SEMI, dá a impressão de que o processo miocárdico ultrapassado era primário e foi de fato interrompido pela ação decisiva do cardiotônico. Quatro casos de SEMI evoluíram para o enfarte miocárdico. Os resultados imediatos e a médio prazo são muito bons e realmente surpreendentes.