64 - Proteção do miocárdio no quadro clínico
enfartante pela Estrofantina E. V. .
Apresentado ao 32º Congresso da Sociedade Brasileira de Cardiologia,
1976, São Paulo, Mesquita, QHde, Baptista, CAS, Kerbrie, SV, Mari, SM,
Monteiro, J, Maciel, MC.
Contribuição inédita à literatura nacional.
Os autores passam em revista os estudos clínicos, experimentais e cirúrgicos visando direta ou indiretamente a redução do tamanho do enfarte do miocárdio agudo ou impedir o aumento da área inicial; iniciativas praticadas de acordo com a teoria clássica da trombose primária. Registram numerosos trabalhos especulativos sobre o cardiotônico e enfarte do miocárdio agudo no homem, com efeitos bem sucedidos e marcantes sobre a evolução e prognóstico, discrepantes como os publicados pelos autores, contrariando frontalmente o estabelecido pela experimentação em animal. Interpretam a contradição como falta de fidelidade fisiopatológica do modelo experimental na tentativa de reprodução do modelo humano do enfarte miocárdico agudo. Os autores em complementação de seus estudos anteriores preconizando a teoria miogênica do enfarte do miocárdio, apresentam uma série de casos de quadro clínico enfartante, mostrando padrão eletrocardiográfico de enfarte transmural que, submetida à estrofantina G ou K, por via endovenosa, resultou em discretíssima ou nenhuma repercussão enzimática e regeneração eletrocardiográfica dentro de poucos dias a meses, dando a impressão de que tais aspectos eletrocardiográficos dependiam de processos eletrofisiológicos decorrentes da insuficiência miocárdica regional, fenomenologia isquêmica e hipóxica reversíveis pelo cardiotônico.