66 - Cardiotônico e enfarte agudo do miocárdio, RBCTA,
1981; 10:646-63
Contribuição inédita à literatura nacional.
Resumo:
O autor revê a literatura referente ao emprego de cardiotônico no enfarte agudo do miocárdio. Apresenta sua teoria miogênica para aplicar a fisiopatologia da doença e defende a administração de cardiotônicos em todos os quadros clínicos enfartantes, procurando mostrar suas vantagens em relação a todos os parâmetros empregados para acompanhar a evolução do enfarte miocárdico.
Conclusões:
Antes de encerrarmos a presente revisão sobre o cardiotônico no enfarte agudo do miocárdio, devemos registrar com grande satisfação a atuação do Prof. Rolf Dohrmann, de Berlim, nos últimos 5 anos, empregando a estrofantina no enfarte agudo do miocárdio e, segundo Peter Schmidsberger (Bunte, 10-04-80), com resultados idênticos aos nossos. Por fim, parece-nos evidente que os conflitantes aspectos entre a experiência clínica e a experimentação antiga em animais, sobre cardiotônico e enfarte agudo do miocárdio não têm mais razão de ser, após os recentes trabalhos experimentais, quando ficou demonstrada a improcedência dos conceitos que se opunham à consagrada experiência clínica registrada em todos os trabalhos compulsados. Esperamos que nossa experiência clínica, reforçada pela do Prof. Rolf Dohrmann, possa despertar o interesse dos cardiologistas e que cada um obtenha seus próprios resultados com o cardiotônico no enfarte agudo do miocárdio, uma vez que os efeitos imediatos representam maior segurança, ótima receptividade medicamentosa e evolução clínica muito mais vantajosa do que as demais formas terapêuticas até agora ensaiadas.