69 – O cardiotônico na coronariopatia crônica e prevenção do enfarte do miocárdio, Mesquita, QHde, Baptista, CAS, Grossi, MCBM, Mari, SM, Rev Bras Med, 1982; 39: 359-72 e RBCTA, 1982;11:794-807
Contribuição inédita à literatura nacional
Resumo:
Foram estudados 3 Grupos de pacientes portadores de coronariopatia estável.
Grupo I, 391 pacientes de angina do peito estável
Grupo II, 84 pacientes anteriormente acometidos por síndrome intermediária.
Foram submetidos à administração ininterrupta do cardiotônico oral – proscilaridina ou digital – associado ao dilatador coronário e observados durante 6 anos; sendo o objetivo principal a preservação funcional do miocárdio isquêmico contra os efeitos degradantes da coronariopatia crônica sobre a contratilidade miocárdica regional e constituindo o objetivo final a prevenção do enfarte miocárdico. O seguimento clínico foi caracterizado por esforços comuns da vida habitual de cada um e significativamente por reduzidos índices cumulativos de morbidade e mortalidade a longo prazo. Na angina do peito estável (Grupo I), a mortalidade foi de 4% e a mortalidade de 4,2%; nos casos com prévia síndrome intermediária (Grupo II) foram registradas morbidade de 14,7% e mortalidade de 16,2%; e nos casos de prévio enfarte miocárdico (Grupo III), a morbidade foi de 17,7 e a mortalidade de 16,6%.
Apresentaram revisão de trabalhos clínicos recentes que parecem corroborar a presente linha de atuação dos autores, especialmente pela concordância geral sobre a utilidade e inocuidade do cardiotônico.