7 – Taquicardia paroxística auricular com bloqueio auriculoventricular. Mesquita, QHde, Publicações Médicas, 1945;16:3-23

Contribuição inédita à literatura nacional confirmando a feliz designação de Wilson, FN et al. sobre o intervalo P-P retilíneo como período de “quiescência elétrica” na presença de bloqueio AV parcial com falhas ventriculares e como diagnóstico diferencial com o “flutter” atrial.

Resumo:

O autor descreve um caso típico de taquicardia paroxística auricular que se mostrou ao primeiro contato com a condução AV 1:1, mas que, à manobra de estimulação vagal (compressão dos globos oculares), respondeu com uma perturbação da condução AV (bloqueio parcial 2:1), sendo incluída desde então no tipo de taquicardia paroxística auricular com bloqueio auriculoventricular. Trata-se de uma arritmia pouco freqüente e parece representar o primeiro caso da literatura nacional. Foram observadas remissões toda vez que se aplicou a medicação usual, mostrando-se muito semelhante ao flutter auricular; recidivas foram notadas sempre que se suspendeu a medicação. O autor documenta com vários traçados eletrocardiográficos a ação sempre efetiva da digitalina e também os bons resultados obtidos com o emprego da quinidina.

A perturbação da condução AV era acentuada com a medicação e também havia alterações na forma da onda P. Havia uma nítida influência das mudanças posturais sobre a condução AV. Foi observado durante a taquicardia paroxística um defeito de condução auriculoventricular, quando o paciente assumia a posição supina; quando na posição ereta, a condução AV era geralmente 1:1. Salienta ainda, ao lado destas modificações ocorridas na condução AV e freqüência cardíaca conseqüentes às variações posturais. Os tipos de bloqueio auriculoventricular mais comuns registrados foram: o de retardo progressivo com uma falha ventricular – períodos de Luciani-Wenckebach – e o de falhas ventriculares regulares 2:1.     

 

 

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