77 – ECG de esforço (30 subidas no duplo degrau) para diagnóstico de insuficiência coronária relativa, Rev Bras Med (Cardiologia), 1985; 4:139-48

Contribuição inédita à literatura nacional.

Resumo:

São estudados 2 grupos de pacientes com ECG normal em repouso e submetidos à prova de esforço de 30 subidas no duplo degrau. O ECG de esforço positivo é caracterizado por infradesnivelamento da junção e segmento RS-T (inferior, igual ou superior a 1mm) isolado ou associado a alterações de onda T (tipo -+ ou -). As 12 Derivações eletrocardiográficas convencionais apresentaram-se alteradas pelo esforço, com incidências variáveis mas concordantes nos 2 Grupos e apresentadas com a seguinte ordem em escala decrescente: V4, V5, V3, V6, D2, aVR (+), aVF, V2, D1, aVL e V1.

No Grupo 1 (274 pacientes), de portadores de angina de esforço, a prova de esforço não despertava dor precordial e foi positiva em 249 pacientes (90,8%).

No Grupo 2 (887 pacientes), de portadores de coronariopatia crônica silenciosa aparentemente normais em mistura com verdadeiros normais, a prova de esforço era bem tolerada e sem sintomas como no primeiro grupo, foi positiva em 249 pacientes (28%).

A prova de 30 subidas no duplo degrau é, muito simples, necessária, cômoda, útil, confiável e segura, sem riscos nem graves arritmias, satisfazendo plenamente ao objetivo clínico de confirmação do diagnóstico na angina de esforço (Grupo 1) e da maior importância ainda na descoberta de portadores de coronariopatia crônica silenciosa (Grupo 2).

A positividade do ECG de esforço, na angina do peito de esforço e coronariopatia silenciosa, parece depender essencialmente do grau de comprometimento coronário-miocárdico.

A freqüência cardíaca após a prova de esforço tem se apresentado com aumento médio de 21% no Grupo 1 e de 24% no Grupo 2.

 

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