85 - Angina Instável. Etiologia Aterosclerótica,
Fisiopatologia Miogênica e Terapêutica Cardiotônica, Ars Curandi, 1999;
32:12-19
Contribuição inédita à literatura mundial.
Resumo:
Do estudo retrospectivo, a partir da década de 40, os ensaios terapêuticos levados a efeito com o emprego dos vasodilatadores, betabloqueadores, antiagregantes plaquetários, anticoagulantes e trombolíticos buscando-se a sustação da angina instável, foram bem marcados pelo insucesso quanto aos eventos clínicos, o que certamente tem comprometido os fundamentos da teoria trombogênica, enquanto que o cardiotônico preconizado pela teoria miogênica tem-se mostrado muito bem sucedido em todos os nossos casos de angina instável, servindo de comprovação à teoria miogênica, através da imediata sustação das crises dolorosas em crescendo; retorno à estabilidade sintomática e miocárdica, sua preservação a longo prazo e prevenção do enfarte miocárdico.
No tocante à tendência observada nos últimos tempos procurando-se interpretar a angina instável como de etiologia infecciosa, em decorrência dos achados das chamadas células inflamatórias do sangue e dos subprodutos secretados pelas mesmas; a nosso ver, apresenta-se como manobra de pura especulação e insustentável; uma vez que, na experimentação em animais com artérias coronárias normais o desencadeamento de acentuada isquemia miocárdica seguida por reperfusão miocárdica, desperta idênticas reações com invasão daquelas células inflamatórias e seus derivados.
Acreditamos que tais registros devam ser interpretados como mecanismo inespecífico de autodefesa, comumente observados em diversas condições clínicas ou frente à agressão de qualquer órgão por qualquer agente físico, químico ou infeccioso.