Instituto de Combate ao Enfarte do Miocárdio
Procedimentos para o Coronário com outras Afecções
Quintiliano H. de Mesquita, Cardiologista
Artrite ou artrose da coluna vertebral - segmentos cervical e dorsal - concomitante com o processo coronário, freqüentemente desenvolve uma condição clínica mais sujeita a crises dolorosas que nos portadores de processos independentes e isso porque ocorrem estímulos sensitivos de ambos os processos que se destinam aos mesmos segmentos nervosos medulares (cordões nervosos receptores e condutores dos estímulos produzidos) que os transmitem aos centros cerebrais e são responsáveis pelo desenvolvimento de uma situação sintomática ambígua e referida com freqüência aumentada pelo paciente que se torna aflito e temeroso.
Diabete - exige controle efetivo e permanente, de interesse vital, porque o diabete é uma das causas de maior risco para o aterosclerótico, acelerando o processo de degradação orgânica generalizada do sistema arterial nos rins, cérebro, coração, olhos e particularmente das coronárias maiores e menores. A mulher desde cedo participa da patologia coronária em igualdade com o homem. No entanto, quem enfarta é o homem. Em geral, mulher com menos de 50 anos, portadora de enfarte miocárdico é diabética ou hipertensa ou tem ambas as condições clinicas somadas ao processo coronário e, assim, tem aumentado o risco de enfarte.
Extrações Dentarias - não há nada demais a temer, apenas se exige a preparação psicológica do paciente e o não emprego de adrenalina (epinefrina) como componente do anestésico, porque esse medicamento pode provocar aceleração do coração do paciente, aumento do trabalho do coração e isquemia miocárdica.
Gástricos e Dispépticos Crônicos - concomitantemente coronários, apresentam com mais freqüência uma sintomatologia confusa, decorrente das duas condições clínicas intrincadas e que desenvolvem sintomatologia por estimulação nervosa da medula, semelhante ao que ocorre nas artrite e artrose da coluna vertebral, através dos mesmos caminhos sensitivos nervosos, cujos efeitos espelham-se em zonas topográficas semelhantes e próximas (precordial e epigástrica), comuns a ambas as condições clínicas.
Hipertensão Arterial - deve ser tratada com todo interesse porque representa uma carga adicional permanente à função ventricular e o coronário tem sua tolerância diminuída com a pressão arterial em níveis mais altos.
Infecções – em geral e das vias aéreas superiores em particular, muito comuns e aparentemente sem grande importância, devem ser tratadas convenientemente nos portadores de coronariopatia crônica e miocardiosclerose, porque o coração desses pacientes é vulnerável e com certa freqüência temos observado a insuficiência cardíaca como complicação.
Risco Operatório – o paciente coronário submetido a cardiotônico e dilatador coronário, conforme nosso enfoque terapêutico permanente, tem sua vulnerabilidade frente a sobrecargas peri e pós-operatórias, anestesia e infecções, defendida e dificilmente assistir-se-á a instalação de insuficiência cardíaca, muito comum quando operados sem o concurso do cardiotônico.
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