Instituto de Combate ao Enfarte do Miocárdio
Diabetes: O Devastador de Órgãos, Respeite-o e Viva Bem!
Quintiliano H. de Mesquita, Cardiologista
O diabetes é o causador da degradação e destruição dos sistemas nervoso e vascular, comprometendo de maneira lenta mas contínua as nobres funções do cérebro, rins, coração e olhos; sua maior agressão tem sede na circulação periférica e nervos distribuídos por todo o corpo.
É o grande fator de risco de vida, desenvolvendo doenças degenerativas: no cérebro que leva aos acidentes isquêmicos e hemorrágicos e ao enfarte; no coração, com desencadeamento da doença coronário-miocárdica que leva ao enfarte e insuficiência cardíaca; na circulação vascular periférica que leva à gangrena e grandes mutilações; nos olhos, opacificando o cristalino ou destruindo a retina que leva a cegueira; nos rins, produzindo a esclerose e insuficiência renal crônica que leva a graves complicações; representa ao todo a devastação extensa e simultânea de todos órgãos vitais e o encurtamento da vida!
Representa de fato uma doença aparentemente simples que exige respeito, disciplina, relativo sacrifício na constância e obediência aos preceitos do regime alimentar prescrito pelo médico, ao lado de uma atividade física compatível com a idade de cada um, sendo fácil o seu controle medicamentoso e a sobrevida praticamente normal e longa, desde que se respeite e sejam mantidos os níveis normais da glicose no sangue. Esta representa um componente útil à integridade e função de todos os órgãos, mas em excesso passa a ser essencialmente nociva e devastadora.
Merece ser destacada sempre no trabalho de reeducação do portador do diabete a importância vital da disciplina e respeito às diretrizes alimentares e medicamentosas formuladas pelo médico, porque assim serão realmente premiados com prolongada e saudável sobrevida marcada pelo equilíbrio e bem estar, indicando que sob controle a Vida seguirá sem complicações.
Caso contrário, paulatina e progressivamente a degradação orgânica se processará de maneira generalizada e por fim se registrará a débâcle completa e simultânea de todos os órgãos nobres que compõem a economia global do corpo humano.
Tem sido penosa a constatação das conseqüências do diabete quando reconhecido e deliberadamente ignorado ou subestimado pelos inconseqüentes ou desvairados, através de uma seqüência patológica demolidora, representada pelo enfarte miocárdico, cegueira, trombose e enfarte cerebral, insuficiência cardíaca e morte súbita; reforçando a impressão calcada na vivência clinica de que o diabete exige respeito, porque em atividade ou sem controle produzirá, prematuramente, só destruição, mutilação e morte!
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