Livro: “Seguindo os Passos de um Gênio"

 

Uma Saga na Medicina


O livro “Seguindo os Passos de um Gênio” está com sua edição temporariamente suspensa. Isso porque estão acontecendo novos fatos que serão incorporados em sua futura reedição. A história continua......

Fique antenado!!!

 

Leia a seguir as primeiras páginas da primeira edição

 

SEGUINDO OS PASSOS DE UM GÊNIO

Uma Saga na Medicina

 

1ª Edição

Carlos Monteiro

São Paulo

Edição do Autor

2011

 

É proibida a reprodução total ou parcial e/ou distribuição de cópias deste livro sem a prévia autorização do autor

Carlos Monteiro, pesquisador e cientista brasileiro, é discípulo e seguidor no plano científico do Dr. Quintiliano H. de Mesquita, que desenvolveu a teoria miogênica do infarto do miocárdio em 1972 e diversas outras contribuições pioneiras para a medicina. Com o falecimento do Dr. Mesquita em 2000 encarou como sua missão manter a memória científica e defender as teorias desse gênio da medicina, inclusive na atualização da teoria miogênica frente ao conhecimento científico corrente.

É presidente do Infarct Combat Project, uma entidade internacional que luta contra a doença cardíaca através da informação, pesquisa e educação; membro não oficial da rede internacional de cépticos quanto ao colesterol (THINCS), Fellow do American Institute of Stress e membro do conselho honorário da Fundação Weston A. Price, entidade americana que se dedica a explorar a validade científica das tradições na dieta, na agricultura e na Medicina, a nível mundial.

Em 2006, desenvolveu a teoria da acidez na aterosclerose, a qual dá uma nova explicação para o processo fisiopatológico da doença arterial coronária, complementando a teoria miogênica do infarto do miocárdio.

Reside atualmente na sua casa de campo em Mairinque, SP.

 

Índice

Prefácio                                                                                                                      

Capítulo I

Carlos Monteiro: Biografia                                                          

Capítulo II                                                

Quintiliano de Mesquita: Biografia,  pesquisas e memórias            

Capítulo III

Carlos e Quintiliano: O encontro de almas amigas                       

Capítulo IV                

Carlos: A corrupção na medicina                                            

Capítulo V                                                

Carlos: Recebendo o bastão e somando na ciência              

 

Prefácio

O objetivo do presente livro é o de fazer um registro histórico da luta heróica de Quintiliano H. de Mesquita, através de suas pesquisas para o diagnóstico, prevenção e tratamento do infarto (ou enfarte) do miocárdio, indo na contramão do sistema médico dominante. Entre outros avanços na medicina chegou a teoria miogênica em 1972, a qual oferece a melhor opção terapêutica, senão a definitiva solução para a doença coronário-miocárdica, que ainda continua liderando a mortalidade no mundo inteiro.

O livro representa também mais uma tentativa de quebrar o boicote intenso feito pelo complexo médico-industrial, desde o lançamento da teoria miogênica do infarto do miocárdio, a qual foi se transformando aos poucos em um tabu dentro da medicina convencional. Poucos médicos hoje em dia têm a coragem de se referir a teoria miogênica com receio da reação de colegas, dos hospitais onde trabalham, do meio acadêmico e da indústria farmacêutica e de equipamentos médicos, parte desse complexo. O livro conta da omissão da mídia que, embevecida pela tecnologia médica moderna, perdeu seu lado crítico, não cumprindo seu dever de informar ao público sobre o assunto e assim, através de seu silêncio subserviente e comprometedor, torna-se cúmplice desse sistema, que deseja manter o “status quo”, pois a teoria miogênica pode colocar em risco suas conquistas econômicas e prestígio alcançado. É claro que, da mesma forma, o negacionismo automático, independente da evidência científica sólida que possa existir, além do complexo de inferioridade, da inveja e da vaidade pessoal e profissional fazem parte das razões para o boicote, nunca declarado publicamente, porém ativo e silencioso, contando com a pura omissão dos poderosos e dos médicos medrosos e/ou ignorantes, pouco avessos a leitura e a discussão verdadeiramente científica os quais, como caudatários, na prática em nada contribuem só ajudam a entravar o progresso da ciência médica.

 

 

Não acreditamos em uma conspiração geral. Aceitamos que exista cepticismo da parte de alguns e o interesse de muitos no maior conhecimento e discussão sobre a Teoria Miogênica. Mas, a apatia e o conformismo são contagiosos. Fica parecendo que todos na cardiologia estão bastante satisfeitos e convenientemente estabelecidos com suas aparentemente ‘bem estabelecidas teorias e medicinas‘. E assim existe o retardamento no encontro da verdade médica e científica relativamente à doença coronário-miocárdica. A hipocrisia e o cinismo estão instalados, com a corrupção corroendo as bases da medicina. Não sou um individuo pretensioso. Aqueles que me conhecem podem atestar. Luto de forma determinada e com todas as forças pelo que acredito seja o lado correto e honesto, como é a história narrada neste livro. Não temos medo de represálias. É a nossa verdade e estamos bem documentados, além de amparados na liberdade de dar nossas opiniões através dos direitos universais do homem. Pois qualquer um tem o direito de escrever sobre qualquer assunto, inclusive sobre assuntos médicos, sem que lhe seja cobrado um diploma em medicina. Certamente, um dos resultados previsíveis será por parte daqueles que se sentirem prejudicados, o de procurarem a continuidade do silêncio através do apoio para uma censura oficial ao nosso livro, o que soará um comportamento inadequado, duvidoso e até estranho, despertando desse modo possíveis suspeitas de conflitos de interesse para tal atitude. Outra estratégia possível será a de partirem para o ataque com tentativas de intimidação, desqualificação, e vários outros golpes baixos, usualmente aplicados contra os dissidentes quando ameaçam os interesses do sistema. Contudo, estamos prontos para enfrentar esses obstáculos na grande esperança de que, em um futuro não muito distante, a verdade médica-científica enfim prevalecerá, com os médicos do bem acordando de sua letargia e percebendo que estão tratando dos sintomas e não da causa real da doença.

Mostra meu papel nesta saga no início como colaborador na divulgação da teoria miogênica e em seqüência dando prosseguimento nas pesquisas médicas com o desenvolvimento da teoria da acidez na aterosclerose em 2006, que dá uma nova explicação para a doença arterial coronária, complementando a teoria miogênica.

O livro é dedicado sobretudo à memória do Doutor Quintiliano H. de Mesquita, meu grande mestre, mentor e inspirador na minha caminhada pelo campo médico-científico. Exemplo moral e ético dentro da medicina, um dos maiores gênios da medicina de todos os tempos.

Segue a reprodução da homenagem que prestei em razão de seu falecimento, publicada na seção In Memoriam dos Arquivos Brasileiros de Cardiologia, revista oficial da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Janeiro de 2001, Vol. 76; n° 1, na pag. 98, não constando, infelizmente, essa página no índice dessa revista, deixando ficar uma estranha sensação de “déjà-vu”...

 

Quintiliano H. de Mesquita (1918 - 2000)

Faleceu em 28 de outubro de 2000, aos 82 anos, o Doutor Quintiliano H. de Mesquita, após uma carreira brilhante, como médico e pesquisador, deixando como legado para a Cardiologia suas inúmeras contribuições publicadas no Brasil e no exterior.

Natural de João Pessoa (PB), formou-se pela Faculdade de Medicina do Recife, transferindo-se para São Paulo onde fez estágio e especialização em cardiologia, entre março/1941 a outubro/1942, no Serviço de Cardiologia do Hospital Municipal de São Paulo, sob a chefia do Dr. Dante Pazzanese. Interessando-se pelo campo da eletrocardiografia, especialmente das arritmias, tornou-se um mestre e, mais tarde, chamado por muitos colegas, “O Papa das arritmias no Brasil”. Permaneceu como assistente voluntário do Serviço de Cardiologia Municipal junto ao Dr. Pazzanese até outubro de 1945; participando ativamente nos Cursos Intensivos de Cardiologia de 1942-1948.

Foi fundador e chefe do Instituto de Angiocardiologia do Hospital Matarazzo, de outubro/1945 a dezembro/1979, onde desenvolveu a maioria dos seus trabalhos médico-científicos. Foi também, encarregado do Serviço de Eletrocardiografia do Hospital Samaritano, de 1944-1970, Professor Honorário da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Paraíba, Sócio Fundador da Sociedade Brasileira de Cardiologia e seu 1º Tesoureiro, Sócio Fundador da Sociedade Brasileira de Angiologia, Sócio Emérito Fundador da Academia Paraibana de Medicina e Sócio Benemérito da Sociedade Paraibana de Cardiologia.

Entre suas inúmeras contribuições pioneiras à Cardiologia (33 trabalhos inéditos na literatura mundial e 41 na literatura nacional), destacamos: 1) 1º caso de aneurismectomia ventricular operado por Charles Bailey, em 1954; 2) 1º caso de infarto ventricular direito com diagnóstico realizado em vida dentro de novos padrões eletrocardiográficos contraditando a Teoria Cavitária e confirmando a Teoria Vetorial do ECG no Infarto do Miocárdio, em 1960; 3) a Teoria Miogênica do Infarto do Miocárdio, em 1972; 4) diversos trabalhos sobre a síndrome de Wolff-Parkinson-White, confirmando, no último, a Teoria da Condução Acelerada de Prinzmetal, em 1999.

O trabalho relacionado à teoria miogênica do infarto miocárdico “Cardiotônico: insuperável na preservação da estabilidade miocárdica como preventivo das síndromes coronárias agudas e responsável pela prolongada sobrevida.”, terminado poucos dias antes de falecer, encontra-se em fase de publicação.

Autor de vários livros recebeu o Prêmio Tradição Ernst Edens, outorgado pela Sociedade Internacional de Combate ao Infarto, Sttutgart - Alemanha, em 1975, pela sua teoria miogênica e tratamento e prevenção do infarto através de cardiotônicos.

Acompanhando-o de perto durante os últimos 28 anos, na qualidade de genro, pude observar sua personalidade forte e de convicções firmes, sua coragem e perseverança, sua obsessão pela pesquisa e pela verdade científica; dono de uma memória fantástica, meticuloso em seus estudos e anotações, nutria uma paixão pela excelência e pela medicina, vivendo sempre preocupado com seus pacientes, procurando dar o melhor de si a eles.

O Dr. Mesquita era, tanto no convívio familiar como no trato com pacientes e colegas, uma pessoa bastante afável e acolhedora, sempre conseguindo tempo e disposição para ajudar os outros. Também era um professor respeitado e estimado por todos os seus discípulos, o que é confirmado nas mensagens e homenagens recebidas logo após seu falecimento.

Aqueles que o conheceram de perto, certamente, lembrar-se-ão dele com muita saudade, e aqueles que não tiveram o privilégio continuarão recebendo e assimilando suas contribuições médico-científicas à Cardiologia. Sua obra continuará sendo divulgada pelos seus colaboradores, discípulos e amigos.

Carlos Monteiro


 

Links relacionados:

Instituto de Combate ao Enfarte do Miocárdio

Livro Teoria da Acidez na Aterosclerose - Novas Evidências