Instituto de Combate ao Enfarte do Miocárdio
Das Denúncias Contra a Cirurgia Cardíaca
O Doutor Colin Rose do Canadá, em artigo de 17/02/2001 participando no ProCor Dialogue*, onde se discutia a relação ideal entre cardiologistas/serviços cardíacos em uma população, colocou:
“Eu não penso que exista qualquer dúvida, que a maioria dos procedimentos´ cardiovasculares são desnecessários por quaisquer outros critérios que não sejam avidez, medo ou ilusões racionalizadas de especialistas cardiovasculares.”
Deu a conhecer neste artigo sobre sua carta dirigida ao editor da Montreal Gazette publicada em 14 de dezembro de 2000, onde diz:
“Ao Editor,
Assunto: Cirurgiões cardíacos
Por um largo tempo nós temos um grito de um cirurgião cardiovascular reclamando uma “crise” no sistema médico em razão da longa lista de espera para a cirurgia de ponte de safena. A Associação de Cirurgiões Cardiovasculares de Quebec diz que até 6 pacientes por ano estão “morrendo na fila de espera” presumivelmente pela falta da cirurgia de ponte de safena. Isto é um argumento falacioso devido pelo menos a 2 razões. Primeira, existem mais do que 600 pacientes na lista de espera, então a mortalidade anual é menor do que um por cento. O que a Associação não diz é que a mortalidade da cirurgia coronária é de 3%. Pareceria que em termos de mortalidade estes pacientes estão melhores fora da lista de espera do que tendo a operação. Segundo, não existe evidência que em pacientes com doença coronária crônica e estável a cirurgia de ponte de safena coronária (ou angioplastia neste caso) prolongue a vida ou previna o enfarte no longo prazo.
Os recursos da “Saúde” seriam muito melhor gastos em medidas não invasivas provadas para prevenção e reversão da aterosclerose, a fundamental causa da doença coronária. Alarmistas, diatribes em causa própria pelos cirurgiões somente atrasam estas medidas por dar aos pacientes a esperança falsa que a alta tecnologia irá curar sua doença. Nós não devemos mais perguntar ao cirurgião sobre a necessidade de uma operação, da mesma forma que não perguntamos ao barbeiro sobre a necessidade de um corte de cabelo”.
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