Instituto de Combate ao Enfarte do Miocárdio
FBI Investiga Cateterismos, Angioplastias e Cirurgias Cardíacas
O FBI está investigando o Dr. Chae Hyun Moon, 55 e o Dr. Fidel Realyvasquez, 53, por uma possível fraude nos cuidados da saúde. Cerca de 40 agentes do FBI, da receita federal americana (IRS) e do Departamento de Serviços da Saúde (HHS-OIG) fizeram em 30/10/02 uma busca nos escritórios destes médicos e nas instalações do Centro Médico de Redding, situado ao norte da Califórnia, coletando registros médicos e outras evidências de fraude. O Dr. Moon é o diretor da cardiologia e o Dr. Realyvasquez presidente do programa de cirurgia cardíaca do Redding.
De acordo com o depoimento juramentado preenchido na Corte Distrital Americana de Sacramento, os agentes estavam procurando registros de 201 pacientes, dos quais 167 morreram entre dezembro de 1998 e julho de 2002. No documento constou que esses médicos do Redding pediam cirurgias custosas para pacientes saudáveis, e então mandavam a conta para o Medicare – programa do governo americano que paga por cuidados médicos para pessoas com idade superior a 65 anos.
O alto volume de procedimentos cardíacos foi citado pelo governo como base para a busca no Centro Médico de Redding. O hospital de 238 leitos realiza, de acordo com o website do Centro Médico de Redding, um número mensal de cerca de 200 cateterismos cardíacos e por ano aproximadamente 600 angioplastias e 700 cirurgias de coração aberto (pontes de safena e troca de válvulas cardíacas). Estes números são inferiores aos relatados na última divulgação anual do Escritório de Planejamento e Desenvolvimento da Saúde da Califórnia (923 cirurgias cardíacas, além de um maior número de cateterismos).
Os agentes começaram a examinar os registros de pacientes na quarta-feira pela manhã e trabalharam até tarde da noite em turnos de três horas devido ao tempo que toma descarregar centenas de angiografias.
No documento de 70 páginas, base para o mandado de busca, os agentes detalharam sua investigação e entrevistas com outros cardiologistas que tinham suspeitas desde 1995 sobre o volume não usual de procedimentos cardíacos que os médicos faziam no hospital. Vários médicos expressaram preocupação à administração do Centro Médico de Redding, mas suas suspeitas nunca foram investigadas, de acordo com o depoimento juramentado. Estes médicos disseram aos investigadores que eles repassaram dúzias de pacientes que foram diagnosticados como próximos de morrer pelo Dr. Moon e operados pelo Dr. Realyvasquez, não encontrando evidências de corações em mal estado.
Estimativas de dois outros médicos de Redding mencionados – mas não identificados no depoimento juramentado, sugere que de 25 a 50% dos pacientes dos doutores Moon e Realyvasquez tiveram procedimentos cardíacos invasivos que não seriam necessários pelos padrões médicos comuns.
No ano fiscal encerrado em junho, Realyvasquez cobrou do Medicare US$ 3.6 milhões e recebeu US$ 767.600. Moon cobrou US$ 3.9 milhões durante o mesmo ano e recebeu U$ 1.6 milhões, informações que constam no depoimento juramentado. No ano de 2001, de acordo com o FBI, Moon realizara de quatro a cinco vezes mais cateterismos cardíacos do que seus colegas do norte da Califórnia (até 12 cateterismos cardíacos por dia).
Os mesmos médicos disseram aos investigadores que, em 1997, o Dr. Moon vangloriou-se de que havia faturado U$ 40 milhões para o hospital.
O Centro Médico de Redding pertence ao Tenet Healthcare Corporation situado em Santa Bárbara - Califórnia, também proprietária de outros 112 hospitais nos EUA.
Notícias da busca pelos agentes federais rapidamente se espalharam pela bolsa de valores de Wall Street, fazendo com que as ações da Tenet desabassem de US$ 52,50 sua cotação de 03/10/02, para US$ 18,20 em 17/11/02. Isto é uma queda de quase 70% no valor das ações.
A busca no Redding veio em uma época ruim para a Tenet que já estava sob auditoria pelo alto nível de pagamentos extras que recebeu do Medicare. A Tenet recebeu três vezes mais que a média nacional em pagamentos extras do Medicare por cuidados médicos de alto custo. Em 2000 foi de US$ 158 milhões. Nos últimos 2 anos estes pagamentos extras aumentaram dramaticamente para US$ 765 milhões.
Tentando se isentar da responsabilidade sobre o acontecido, o Centro Médico de Redding informa que “A decisão de realizar qualquer procedimento médico é do médico atendente, não do hospital” “Estes médicos não são empregados do hospital ou da Tenet – eles tem privilégios em praticar medicina no hospital”. Privilégios, talvez, conseguidos pela sua produtividade e lucros para o hospital. O Dr. Moon admite que, pessoalmente, realizou 1900 procedimentos cardíacos somente em 1995. Os custos de uma cirurgia de ponte de safena nos hospitais da Tenet na Califórnia, incluindo cateterismo cardíaco, chegam a quase 230.000 mil dólares, mais do que o dobro que outros hospitais cobram na região.
Nós estamos fixando o processo, diz Dugan Barr, advogado representando John Corapi, um saudável padre de 55 anos, morador em Redding, que quase entrou na faca em junho para implantação de uma ponte de safena tríplice, mas, ao invés, contatou o FBI.
O padre John Corapi, apesar de não ter sintomas, estava preocupado porque sua família tinha uma história de doença cardíaca. Seu pai havia sido submetido a seis pontes de safena.
Assim, em junho, ele procurou o Dr. Moon por indicação de seu médico pessoal. Embora o teste com a esteira ergométrica não mostrasse nenhum problema o Dr. Moon rejeitou os resultados e pediu uma angiografia (cateterismo cardíaco). Após o cateterismo, analisando o Raio-X com a fotografia do coração, Moon disse a Corapi, “Não há nada que eu possa fazer. Você precisa de uma cirurgia de ponte de safena tríplice, imediatamente!”.
O Dr. Moon disse a Corapi que suas artérias foram praticamente retalhadas, como mangueiras gastas de radiador. O padre Corapi ficou chocado com a informação dizendo mais tarde à imprensa. “Eu não estava doente – Eu fui apenas fazer uma consulta de rotina”
Corapi contatou uma amiga médica em Las Vegas e ela o convenceu a ver um médico de lá. O médico de Nevada analisou as angiografias que Moon pedira e, discordando do diagnóstico, disse “Desculpe-me, você não precisa de ponte. Você tem artérias coronárias normais”
Corapi retornou à Redding e no final de junho encontrou-se com o gerente executivo Hall Chilton e outros funcionários do Centro Médico de Redding que disseram que o diagnóstico do Dr. Moon estava correto e novamente recomendaram a cirurgia.
Confuso com a situação o padre John Corapi voltou a Las Vegas e encontrou-se com mais dois cardiologistas do Hospital Sunrise e do Centro Médico. Ambos não viram necessidade de cirurgia.
Ao todo Corapi submeteu suas angiografias para outros seis cardiologistas, e todos disseram que ele estava bem de saúde.
Corapi então recorreu ao FBI. Seu caso foi relatado por diversos jornais ganhando repercussão internacional. Ele disse que não tinha vergonha do assunto ter sido tornado público.
Para Corapi a situação envolve “Duas palavras: fraude médica.”
O processo legal não aponta prejuízos específicos, mas reclama que Corapi sofreu aflições físicas e emocionais. O processo envolve o Dr. Moon, o Centro Médico de Redding e a Tenet Healthcare Corp. Nele é alegado que houve negligência profissional, fraude e enganação, conspiração e imposição intencional de angústia emocional. A bateria de alegações do processo legal clama que o cateterismo cardíaco foi desnecessário e constituiu-se em contato físico prejudicial.
Robert Simpson e Dugan Barr, advogados de John Corapi,acharam cardiologistas independentes para analisarem os registros de vários outros pacientes e determinar se seus casos são sólidos. Segundo eles 325 pessoas entraram em contato com seu escritório até o final de novembro, preenchendo mais de 60 processos contra os médicos do Redding. “Nenhum dos pacientes disse que os médicos do Redding explicaram o procedimento ou disseram para eles obterem uma segunda opinião”, comentou Simpson.
De outro lado o Conselho Médico da Califórnia solicitou impedimento temporário dos dois médicos de Redding na Corte de Justiça Superior do Condado de Shasta, CA, para que fossem obrigados a parar imediatamente a prática de medicina, dependendo dos resultados da investigação do conselho médico.
“Nós temos razões para acreditar que um largo número de cateterismos e cirurgias de ponte de safena foi feito em excesso ao número de pacientes que, absolutamente, tinham necessidade deles” disse o Dr. Ronald Joseph, diretor executivo do Conselho Médico. “Nós estamos falando sobre pacientes saudáveis sendo dirigidos para operações muito sérias e em alguns casos de alto risco”
O Dr. Ronald Joseph disse ainda que “Baseados no depoimento juramentado recebido por nossos especialistas médicos, em suporte da solicitação de impedimento temporário, nós acreditamos existir uma necessidade em favor da segurança do público para solicitar a restrição desses médicos até que a investigação esteja completa.”
Em suporte da petição o Conselho Médico contratou como especialista o Dr. Vincent Yap, chefe de cardiologia do Centro Médico Kaiser-Richmond.
O Dr. Yap disse que o caso é o mais ilustre que tomou conhecimento e que os médicos envolvidos põe em perigo os pacientes.
O Dr. Yap observa que “ os dois “engajados na conduta com os seus pacientes constitui uma saída extrema... dos padrões da comunidade médica para os cuidados da saúde além de atos de desonestidade e de enganação.”
O Conselho Médico da Califórnia está contatando os pacientes e solicitando os documentos necessários para permitir a revisão de seus registros médicos.
Também a Associação Médica da Califórnia e o Departamento de Serviços de Saúde do Estado da Califórnia anunciaram planos para lançar investigações quanto às alegações de que os médicos estariam realizando procedimentos médicos desnecessários em seus pacientes.
Mesmo assim, a juíza Monica Marlow da Corte Superior de Shasta recusou em 13 de novembro as alegações, concluindo que as evidências submetidas ao estado contra o Dr. Fidel Realyvasquez e Dr. Chae Hyun Moon não eram confiáveis o bastante para suportar, até mesmo, uma suspensão temporária de suas licenças médicas.
No nível federal os médicos e o hospital continuam sob investigação do FBI, do IRS e do Departamento de Serviços da Saúde (HHS-OIG). A nível estadual as investigações estão sendo conduzidas pelo Departamento de Serviços de Saúde da Califórnia que na sexta feira, 22/11/02, suspendeu temporariamente os pagamentos do Med-Cal, a primeira entre várias ações do estado, em resposta às alegações do processo preenchido pelo FBI no mês anterior.
A Tenet Healthcare, paralelamente, está sob investigação informal do SEC (Securities and Exchange Commission), reguladores da bolsa de valores americana, pela alta queda no valor de suas ações.
Comentando no Procor Dialogue sobre as investigações do FBI no Hospital Redding o Dr. Colin Rose, cardiologista canadense, diz que o Dr. Moon não está sozinho. Ele estima que pelo menos 80% de todas as revascularizações (angioplastias e cirurgias de ponte de safena) são feitas em pacientes sem sintomas, ou com doença coronária moderadamente sintomática. Nota ainda que a mortalidade hospitalar média da cirurgia de ponte de safena é de 3% e que os pacientes operados, relativamente saudáveis, teriam uma mortalidade anual menor que 1% se tratados medicamente, isto é sua expectativa de vida foi reduzida.
Dr. Manan Vasenwala, também cardiologista, em resposta a artigo do BMJ sobre a investigação do FBI, coloca: “Não existe fumaça sem fogo! Sem dúvida, a profissão médica não é mais como antes. A parte de práticas anti-éticas, um elemento adicional é a criminalização da medicina. Isto inclui o comércio de órgão humanos. A realização de procedimentos invasivos tais como cateterismo/angiografia, cirurgias de ponte de safena desnecessárias, troca de válvulas sem indicação, e implantações de marca-passo por indicações dúbias são realizadas em bases diárias, mas igualmente censuráveis. Hoje em dia o juramento à Hipocrates parece irrelevante. Algum policiamento precisa ser feito urgentemente. Requer-se maior exposição de culpa com punição exemplar.”
E, o cardiologista Richard N. Fogoros comenta em artigo: “Independente do que acontecer aos médicos e ao Tenet Healthcare quanto a essa questão, os agentes federais fizeram claramente uma declaração aqui. O FBI não está por cima da invasão dos escritórios dos doutores Moon e Realyvasquez na suspeita de eles estarem realizando procedimentos que poderiam ser desnecessários do ponto de vista médico. Se você é um cardiologista ou um cirurgião do coração seria melhor considerar esse fator em sua decisão quanto fazer ou não uma angioplastia ou cirurgia de ponte de safena”.
De fato, não é comum o FBI anunciar suas ações e investigações. Normalmente o FBI não confirma ou desmente a existência de uma investigação. Assim, a liberação de notícias pelo FBI sugere que suas intenções não estão limitadas ao Redding Medical Center. Bem ao contrário, indicam implicações mais profundas e um universo bem amplo nas investigações.
Como efeito cascata, o Dr. Kent Brusett, sócio do Dr. Fidel Realyvasquez no Redding Medical Center, foi processado por fraude em 22/11/02, com o paciente alegando ter sido submetido a cirurgia de ponte de safena desnecessária que causou dor e sofrimento e encurtou sua expectativa de vida. Outro processo envolveu em 20/11/02 o Dr. Ricardo Moreno-Cabral, também sócio do Dr. Realyvasquez. Neste, o processo alega que o paciente, submetido à cirurgia de ponte de safena, sofreu abuso por ser idoso, ofensa física, fraude e aflição intencional de angústia emocional.
Em 2003, no mês de abril, o Centro Médico de Redding suspendeu seus programas de cardiologia invasiva e de cirurgia cardíaca. O Dr. Moon parou de praticar medicina em fevereiro de 2003, alegando que não conseguiu renovar seu seguro contra erro médico.
No início de junho de 2003 o Dr. Moon foi formalmente acusado pelo Conselho Médico da Califórnia. Em documento de 10 páginas o Dr. Moon é acusado de negligência grosseira, incompetência, desonestidade ou atos corruptos e alegações falsas ou fraudulentas, relacionadas à prática de cardiologia no Centro Médico de Redding.
Passaram-se vários meses até que os investigadores federais americanos estudassem com atenção os milhares de arquivos de pacientes tomados na invasão do Redding, e o conselho médico aprontasse acusações formais contra os médicos. A tarefa dos investigadores foi a de comparar os casos desses pacientes com as linhas guia para os cuidados cardíacos, estabelecidas pelas sociedades profissionais de médicos cardiologistas.
O acordo civíl e criminal
Em um acordo complexo e massivo os médicos Chae Hyun Moon e Fidel Reallyvazquez concordaram em novembro de 2005 pagar 1.4 milhões de dólares cada um ao governo federal. O doutor Ken Brusset também concordou em pagar 250 mil dólares para encerrar a ação criminal. Esses médicos também concordaram em autorizar sua seguradora a pagar 24 milhões de dólares a 642 pacientes que reclamar que haviam recebido cirurgias de ponte de safena desnecessárias, para encerrar a ação civil. O acordo proibiu que Moon e Rallyvasquez realizem qualquer procedimento cardiaco ou cirurgias junto ao Medicare.
O Centro Médico de Redding e a Tenet Healthcare, em um acordo de 14 de junho de 2006, concordaram em pagar 500 milhões de dólares para terminar com a ações cíveis e criminais.
O acontecido no Centro Médico de Redding certamente irá gerar mudanças nas posturas, nas políticas e práticas médicas além de desdobramentos nas investigações sobre procedimentos cardíacos desnecessários....
A cada ano são realizados nos E. U. A. cerca de 1.5 milhão de cateterismos cardíacos, de 1.0 milhão de angioplastias e de 550 mil cirurgias de ponte de safena, em um custo total anual superior a 40 bilhões de dólares para a sociedade norte-americana cuja população está ao redor de 280 milhões de pessoas.
Algumas expressões usadas pelo Dr. Moon para “convencer” os pacientes: Nos depoimentos dados no processo os pacientes disseram que Moon não os deixava falar e que não queria ser incomodado para explicar os procedimentos complexos que estava prescrevendo. Também sobre sua forma arrogante e ameaçadora fazendo com que eles ficassem em pânico e acreditando que precisassem o que se recomendava. “Ele trata você como se fosse um ignorante – como se você fosse uma peça de carne” e se você faz uma pergunta ele simplesmente lhe corta e diz, “Você não entenderia”, disse Mark Devine, um de seus pacientes. Ele tem uma personalidade terrível diz a paciente Betty Cook. “Ele não fala como eu e você estamos falando. Ele grita, ele berra e exige”. Quando Josefson pediu por uma segunda opinião o Dr. Moon se enfureceu e o repreendeu dizendo “Como você se atreve a pedir uma segunda opinião..Eu construí esse programa cardíaco!” Após a consulta o Dr. Moon deu um diagnóstico alarmante: “Se você deixar o prédio sem cirurgia, você estará morto amanhã. disse Charlie Graham, outro paciente. Beverly Morrel disse que quando sugeriu fazer a operação em Arkansas o Dr. Moon avisou-a “Você não suportará a viagem” Para Felix Elizalde ele disse “Você não sobreviverá a viagem para casa” Para Sandy Holtz ele falou "Você tem duas escolhas: Você pode fazer a cirurgia e viver ou você pode ir para casa e morrer" Simpson, também paciente, disse que quando Moon olhou os resultados do cateterismo cardíaco se virou para a enfermeira e falou, “Veja isso---. Isso--- é terrível. Moon então se virou para ele e disse, “Desculpe-me meu jovem. Ponte de safena. Agora. Você está indo para um enfarte!.” Outros termos equivalentes usados por médicos no convencimento dos pacientes quanto à cirurgia podem ser encontrados no capítulo Palavras que Mutilam do Livro “The Lost Art of Healing” escrito por Bernard Lown, cardiologista, professor da Escola Médica de Harvard e ex-prêmio Nobel. O Dr. Bernard Lown diz em outro livro: “De cada cem pacientes que o nosso grupo vê para uma segunda opinião, a respeito da cirurgia de ponte de safena, somente vinte são eventualmente referidos para a operação”.
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