Instituto de Combate ao Enfarte do Miocárdio

Presidente da American Heart Association Acusa Como Falsos os Dados Publicados Sobre Taxa de Mortalidade da Doença Cardíaca

"Contrariamente ao que o povo acredita a taxa de mortalidade da doença cardíaca está aumentando"

Acusando que a estratégia da comunidade científica para conseguir mais verbas do governo “foi um tiro que saiu pela culatra”, o Dr. Jan Breslow presidente da American Heart Association deu entrevista ao repórter Jerry E Bishop do Wall Street Journal que foi comentada em artigo de 13 de novembro de 1996, intitulado “Deaths From Heart Disease Are Ocurring Later in Life” (Mortes por Doença Cardíaca Estão Ocorrendo Mais Tarde na Vida), o qual reproduzimos a seguir:

“New Orleans – Americanos têm sido seriamente enganados para pensarem que a doença cardíaca está em declínio, acusa o novo presidente da American Heart Association.

As mortes por doença cardíaca não caíram tanto como os funcionários da saúde têm clamado e a prevalência da doença na realidade pode estar aumentando, afirma o presidente Jan L Breslow, um pesquisador da Universidade Rockefeller, em reunião anual de um grupo de cardiologia.

O Dr. Breslow disse que por vários anos os funcionários públicos da área de saúde e grupos tais como a AHA, apontavam orgulhosamente para um gráfico largamente usado mostrando uma queda na mortalidade da doença cardíaca de cerca de 150 óbitos por ano para cada 100.000 pessoas, aproximadamente a metade do pico da taxa do início dos anos 50. Dr. Breslow disse que o número de mortes está na realidade entre 260 a 270 ao ano.

Gráfico Reflete a Taxa de Mortalidade de 1940

O gráfico original foi usado para apoiar as pretensões das enormes campanhas de saúde pública para conseguir que os americanos reduzissem seu risco da doença cardíaca. Estas campanhas incitaram as pessoas a reduzirem sua dieta de gordura, baixarem seus níveis de colesterol no sangue, abandonarem o fumo, reduzirem a pressão sangüínea e perderem peso. “Nossa filosofia foi de que para conseguir mais dinheiro dos políticos, nós tivemos de mostrar que boas coisas estavam acontecendo”, disse Dr. Breslow.

Os pesquisadores explicaram que o gráfico antigo mostrava a chamada taxa de mortalidade ajustada por idade refletindo a taxa de mortalidade para cada grupo de idade na população. O gráfico antigo está baseado na população dos Estados Unidos de 1940, quando a proporção de americanos com idade acima de 65 anos era relativamente pequena.

Conseqüentemente, o gráfico antigo dá um tremendo peso para o declínio nos óbitos por doença cardíaca na faixa entre 40 e 60 anos de idade. Mas ele dá muito pouco peso a aumentos nas taxas de mortalidade entre os grupos mais idosos onde a maioria dos óbitos por doença está ocorrendo, disseram os pesquisadores.

Doença Cardíaca Adiada Para Mais Tarde

Os pesquisadores disseram que óbitos da doença cardíaca, ao invés de declínio, estão somente sendo adiados para idades posteriores. O adiamento é o resultado real dos esforços dos americanos em reduzir seus riscos de doença cardíaca com dieta de baixa gordura, desistindo do fumo, controlando a pressão sangüínea e perda de peso. A melhoria no cuidado de pessoas que tiveram enfarte também ajudou a empurrar os óbitos para uma idade posterior.

“O número total de óbitos cardiovasculares é na realidade 60% mais alto do que foi há 30 anos atrás, a despeito do declínio de 60% na taxa de mortalidade ajustada por idade,”adicionou o cardiologista australiano David Kelly da Universidade de Sidney. Hoje, “80% das mortes coronárias estão no grupo acima de 65 anos,” disse o Dr. Kelly.

O Dr. Kelly disse que quando a população do “baby boom” (nascidos no pós-guerra) começar a se mover para o grupo com idade de 65 anos, aproximadamente em 2010, terão uma alta incidência de doença coronária existindo então um imenso aumento na necessidade de cuidado médico.

O Dr. Breslow disse que a estratégia de apontar os sucessos contra a doença cardíaca no sentido de conseguir mais dinheiro do governo para pesquisa, “embora plausível como estratégia,.... foi um tiro que saiu pela culatra.”A proporção de fundos do Instituto Nacional de Saúde indo para as doenças vascular e cardíaca caiu cerca de 5% para US$ 669 milhões desde 1985”

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